ORQUÍDEAS * BROMÉLIAS: outubro 2012

domingo, 21 de outubro de 2012

55 - Orquídea: Epidendrum viviparum


“Descrição: Epidendrum viviparum Lindl., Edwards's Bot. Reg. 27 (Misc.): 10 (1841)".
"Natural/País: Brasil";
"Etimologia: o nome deste gênero (Epi) deriva da latinização de duas palavras gregas: επß (epi), que significa "sobre", "em cima de"; e δÝνδρον (dendron), que significa "árvore"; referindo-se à maneira como vivem as espécies deste gênero, ou seja, a sua natureza epífita";
"Clima: subtropical - com um mês no mínimo e no máximo oito em que a média térmica é inferior a 20°C";
"Habitat: epífita – vive sobre árvores, se cultivam muito bem em vasos";
"Luminosidade: sombreamento";
"Planta/Tamanho: até 40 cm";
"Flor/Tamanho: até 05 cm diâmetro";
"Floração: verão";
"Cor: Amarela; Verde; Branca (Alba)";
"Haste Floral: cacho; multifloral";
"Rega: espaçadas - com intervalos para secagem do substrato"[1].
Semanas depois um animal ceifou uma haste floral e restou a floração em apenas uma haste.
Três belas flores formadas - Epidendrum viviparum.
Um reflexo de formas sinuosas e beleza. Epidendrum viviparum.
[1] Disponível em:  http://www.orquidarioimirim.com.br/loja/produtos_descricao.asp?lang=pt_br&codigo_produto=438 Acesso em: 01/07/2012.

domingo, 14 de outubro de 2012

Artigo - Oeceoclades maculata: uma historieta de incertezas e descobertas

Oeceoclades maculata var. alba
Uma historieta de incertezas e descobertas
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­______________________________________________________________
RESUMO
O pretenso artigo aborda sobre a orquídea Oeceoclades maculata var. alba, endógena no estado de Alagoas, Nordeste do Brasil. Trata-se de uma orquídea terrestre, de crescimento simpódico e que floresce em abundancia: flores de tamanho pequeno e sem cheiro algum.
Após termos dúvidas em relação a sua classificação: gênero e espécie, chegou ate nós a informação de que seria o Oeceoclades maculata.
O artigo apresenta ainda suas floradas no período compreendido entre 2007 e 2012, dando ênfase ao período de ocorrência, quantidade de flores e pseudobulbos, bem como a ocorrência ou não de capsulas de sementes.
PALAVRAS-CHAVE: orquídeas; oeceoclades maculata; pesquisas sobre orquídeas; floração de orquídeas.
_______________________________________________________________
ABSTRACT
The article focuses on the alleged orquidea Oeceoclades maculata var. alba, endogenous in the state of Alagoas, northeastern Brazil. It is a terrestrial orchid, simpodico growth and blooming in abundance: flowers small and without any smell.
After doubts terms in relation to their classification: genus and species, came up to us information that would be Oeceoclades maculata.
The article also presents its flowering in the period between 2007 and 2012, emphasizing the period of occurrence, number of flowers and pseudobulbs, as well as the occurrence or not of seed capsules.
KEYWORDS: orchids; Oeceoclades maculata; research on orchids, flowering orchids.
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­____________________________________________________________

“Gênero com muitos representantes em Alagoas, todavia ainda o registro é sobremaneira limitado, por motivos, principalmente, da falta de estudos pelos sistematas mais familiarizados, com as micro-orquideas[1]”.
Inicialmente nós achávamos ser uma orquídea do gênero pleurothallis, que pode ser terrestre e é de porte pequeno. Portanto, o grande equívoco tratava-se do resultado da escassez de fontes que chegaram até nós ou que nós adquirimos. Devemos reconhecer que pesquisamos mal e pouco, ou melhor, que não obtivemos possibilidades favoráveis anteriormente para "qualificar" acertadamente esta orquídea, porém, fizemos questão de não eliminar a análise anterior para demonstrar a importância da pesquisa e como difícil é reconhecer os gêneros e as espécies, corretamente, de orquídeas e principalmente bromélias, se não somos profissionais do meio, ou afins. 
Trata-se, portanto, da subtribo Oeceoclades maculata variedade alba, cujo exemplar é nominado de Eulophillium maculata. De crescimento simpódico e característica terrestre. O exemplar foi adquirido em 2007 e neste mesmo ano anotamos suas primeiras flores.  
“É uma planta de raríssima variedade da espécie terrestre de Oeceocledes maculata, que vegeta em matas fechadas em todo o Brasil, na Colômbia e na Venezuela, sempre em ricos detritos vegetais. A variedade apresenta pétalas e sépalas de cor verde-amarelada e labelo branco-leitoso”[2].
Após as mudanças ocorridas, devido à construção do novo orquidário, a partir do início de 2009, dentre as principais modificações citemos a plantação do Oeceoclades diretamente em solo; o solo foi preparado, logo abaixo da sustentação para as orquídeas epífitas (com terra preta: estrume de cabras e folhas secas).
Surpreendentemente o Oeceoclades maculata floresceu até quando pôde, nesta nova readaptação! Anotamos que a primeira haste floral do ano surgiu por volta do dia 29 de mar. de 2010 e de lá até o final do ano havia flores numa ou noutra moita desta, de modo que ainda em 26 de dez. de 2010, havia flores e cápsulas de sementes.
Abaixo uma tabela mostra o resultado das florações num compreendido entre 2007 e 2012 (06 anos de “observação”):
TABELA DA FLORAÇÃO DO OECEOCLADES MACULTA VAR. ALBA
ANO
QUANT. BULBOS
QUANT. FLORES
MÊS
CÁPSULAS DE SEMENTES
OBSERVAÇÃO
2007
01
08
OUT. A NOVEMBRO
SIM
-
2008
02
12
OUT. A DEZEMBRO
SIM
-
2009
02
12
ABR. A MAIO
SIM
-
2010
07
45
FEV. A DEZEMBRO
SIM
-
2011
09
53
MAR. A JULHO
SIM
-
2012
05
11
AGO. A SETEMBRO
SIM
FOI REPLANTADA.
Há uma postagem sobre este gênero de orquídea, neste blog, link:
http://orquideas-bromelias.blogspot.com.br/2012/07/16-orquidea-oeceoclades-maculata.html

[1]  PEREIRA, Luis Araújo. Álbum das Orquídeas de Alagoas. Maceió. IMA/PETROBRÁS/TRIKEM, 2000, 315 p.
[2]  Extraído de: Revista O mundo das Orquídeas. Ano 4, nº. 18. (p. 33).

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Perguntas Frequentes - Bloco 1


 01 – COMO PODEMOS OBTER MUDAS DE ORQUÍDEAS?
Inicialmente é preciso que afirmemos haver pelo menos três formas de se obter novas orquídeas. Por meio das seguintes técnicas: reprodução simbiótica, meristemática e vegetativa.
A simbiótica ocorre por meio das sementes, quando elas são geradas após a floração e quando armazenadas e postas sob as técnicas e condições adequadas, geram novas orquídeas, da mesma espécie, necessariamente. Naturalmente, elas precisam da presença de um determinado fungo para se desenvolverem; em ambiente criado outras substâncias são forjadas para tentar desempenhar a função exercida pelo fungo.
A forma meristemática somente é viável em laboratório, em cujas possibilidades, as pontas das raízes são capazes de gerar novas plantas através de clonagens.
A forma mais simples é aquela chamada de vegetativa, pela qual dividimos uma orquídea em duas ou mais, por exemplo, ou através de seus rizomas. Porém, na divisão de uma planta, deve ser obervada a quantidade mínima de três pseudobulbos para cada muda, inclusive para a matriz e deve-se usar tesoura higienizada quando for feito o corte.
Informações complementares, no link abaixo:
  
02 – QUAIS SÃO OS CUIDADOS BÁSICOS COM AS ORQUÍDEAS?
É preciso que se atente inicialmente para o local onde você quer cultivar orquídeas: ele ao menos se assemelha ao ambiente natural? O clima da região é propício para a sua orquídea? Caso contrário as adaptações deverão ser ainda mais complexas!
            Para que a sua orquídea se desenvolva bem é preciso que se tomem cuidados básicos, principalmente relacionados à luminosidade, à ventilação, às regas e à adubação.
Luminosidade: ao contrário do que alguns pensam, a maioria as orquídeas, precisa e muito de luminosidade, porém, esta não deve ser direta, pois poderá matar a planta em poucos dias ou, dependendo do gênero, em poucas semanas. Daí, dependendo do espécime, a luminosidade indicada pode ser de 50%, 60%, 70% etc.
Ventilação: possibilitará o arejamento do local, ajudando a evitar pragas e fungos, principalmente, e também ajudará a evitar que as raízes das orquídeas se mantenham úmidas por muito tempo, uma vez que elas precisam – na maioria dos dias – que o substrato esteja desafogado.
Regas: são essenciais, mas não devem encharcar a planta. A maioria das orquídeas não se alimenta somente pelas raízes (e com a água da rega; mas pelas partículas de água trazidas pelo vento, pelo sereno noturno e outros fatores), logo elas não precisam estar o tempo todo úmidas. Geralmente, a maioria dos gêneros, prefere regas alternadas a cada 07-15 dias; é importante também, que somente as raízes e o substrato sejam molhados.
Adubação: muitos cultivares usam o adubo para as orquídeas. No link acima citado, você encontrará umas dicas importantes. Eu não uso adubo nenhum, mas procuro reproduzir o habitat natural da orquídea, geralmente fixando-a numa árvore ou num pedaço de madeira envelhecida, com partes em estado de degradação, bem como gravetos, folhas etc. as que não estão em árvores mantêm-se protegidas por uma tela de meia sombra, que só permite a passagem da luminosidade em +/- 50%.

03 – COMO FAZER UMA ORQUÍDEA CATTLEYA FLORIR?
Não há nada a ser feito para uma Cattleya florir, caso ela esteja plantada num local adequado; pois a floração ocorrerá naturalmente, na estação correta. Em havendo condições ideias de: luz indireta, ambiente arejado e regas normais ela certamente brindará ao cultivador com flores belíssimas e perfumadas! E sendo adulta e já tendo mais de três pseudobulbos bem formados, folhas e raízes intactas, na época propícia (dependendo da região) ela vai florir. Mas, se a região não for favorável para o gênero Cattleya, ele jamais irá florir!

04 – QUAIS SÃO AS ORQUÍDEAS QUE MAIS FLORESCEM TODO O ANO?
Vejam bem: eu não me dispus a pesquisar algum artigo ou informação que abordasse sobre uma relação dos gêneros de orquídeas que mais florescem; mas posso falar com alguma propriedade e em relação aos gêneros de orquídeas que mais florescem por ano, levando em conta os que possuo: os 07 primeiras florescem várias vezes ano (em meses seguidos ou alternados, em mais de 01 pseudobulbo, etc.); já a maioria delas floresce apenas uma vez ano, em 01 ou mais pseudobulbo.

05 - COMO PROCEDER NA REGA ÀS ORQUÍDEAS?
As regas – geralmente – são toleradas pelas orquídeas nos intervalos 07-15 dias, como dito anteriormente. Porém, essa regra não se aplica a todas as fases das orquídeas, bem menos a todos os gêneros de orquídeas. Quanto à rega, especificamente, algumas das orquídeas precisarão de mais, outras de menos. Também deve ser observada a época do ano e a fase em que se encontra a orquídea: se está em crescimento de novos pseudobulbos (a rega deve ser mais frequente); se está em produção de flores (a rega deve ser menos frequente); se entrou em período de repouso, as folhas caducaram (a rega deve ser praticamente suspensa) e por vai-se! Somente a partir do momento que você obtiver determinado gênero de orquídea e for ler sobre ele, saberá melhor como cuidar dela e ajudá-la a florir, ano após ano. Porém como saber se uma orquídea precisa de água? Ela dá alguns sinais: o mais visível é quando os pseudobulbos mostram-se enrugados, significa que ela está usando os nutrientes armazenados neles, para manter-se viva! Mas não é saudável deixar que ela se sacrifique assim, sempre que precisar de água. O ideal é que a rega seja controlada, a fim de evitar essa experiência!

06 – COMO IDENTIFICAR UMA BROMÉLIA?
Recomendo como principais leituras as postagens presentes no blog da Prof.ª Fabíola Sostmeyer Polita, docente da Escola Qualifica, disponível na internet, em:
No qual a referida professora (em seu blog) diz inicialmente que “a família Bromeliaceae é dividida em 03 (três) subfamílias: Bromelioideae, Tillandsioideae e Pitcairnioideae. Cada uma das subfamílias comporta um grupo de gêneros com distintos hábitos de desenvolvimento”. Vejamos a tabela abaixo:
Subfamília
Gênero Aechmea
Folhas em roseta, folhas com espinhos nas pontas e no ápice da inflorescência.
Brácteas da inflorescência vivamente coloridas
231 espécies e 54 variedades botânicas
Gênero Ananás
Gênero do Abacaxi e dos Abacaxis ornamentais
Gênero Billbergia
Folhas em roseta tubular, espinhos visíveis ao longo de toda margem, manchas ou bandas transversais esbranquiçadas.
Brácteas da inflorescência sem espinhos, inflorescências de pouca duração.
63 espécies e 25 variedades botânicas
Gênero Bromélia
Gênero do Gravatá
Gênero Cryptanthus
“Estrela da mata”, roseta foliar achatada que cresce paralelamente ao solo, folhas com espinhos.
Flores brancas surgem entre as folhas da roseta.
53 espécies e 4 variedades botânicas
Gênero Neoregelia
Roseta de folhas abertas, as folhas com espinho tem o ápice retorcido, folhas centrais da roseta ficam coloridas antes da floração.
Inflorescência imersa na cisterna.
108 espécies e 7 variedades botânicas.
Gênero Nidularium
Roseta foliar aberta, semelhante à Neoregelia, assim como também tem espinhos pequenos.
A inflorescência é envolta de brácteas curtas, que parecem um ninho e dão nome ao gênero.
45 espécies e 4 variedades botânicas.
Subfamília
Gênero Alcantarea
Folhas em roseta aberta, de grande dimensão, e folhas sem espinhos.
Inflorescências alongadas, ramificadas e de grande dimensão.
17 espécies.
Gênero Guzmania
Folhas em roseta aberta e folhas sem espinhos.
Inflorescência alongada com o ápice coberto de grande número de brácteas grandes e coloridas.
187 espécies e 18 variedades botânicas.
Gênero Tillandsia
Folhas em roseta aberta, sem cisterna, folhas sem espinhos e acinzentadas.
Inflorescência alongada, com brácteas vivamente coloridas.
Bromélias pequenas.
539 espécies e 81 variedades botânicas.
Gênero Vriesea
Folhas em roseta aberta, semelhante às folhas de Guzmania, folhas sem espinhos e acinzentadas.
Inflorescência alongada, com brácteas curtas, por vezes semelhantes à Tillandsia.
248 espécies e 40 variedades botânicas.
Subfamília
Gênero Dyckia
Folhas em roseta aberta, acinzentada, folhas ligeiramente suculentas com espinhos rígidos e grandes.
Inflorescências alongadas, com flores alaranjadas.
121 espécies e 7 variedades botânicas.
Acesso em: setembro de 2012.

07 – ONDE COMPRAR SPATHOGLOTTIS?
      O caminho mais rápido e fácil é buscar os diversos sites de vendas na internet. O empecilho é - sem dúvida - o pagamento do frete e a incerteza se a muda virá da forma que você, pelo menos imaginou! O ideal seria ir a uma feira de orquídeas ou pessoalmente a um “orquidário real”! Às vezes encontramos Spathoglottis plicata à venda nos centros das capitais, junto com outras flores e rosas, bromélias e orquídeas como Arundina graminifolia (orquídea bambu). Uma vez adquiri um exemplar deste no cento de Maceió, para ser mais preciso, na Rua da Alegria - Centro. 

Amigos e Seguidores