ORQUÍDEAS * BROMÉLIAS: março 2013

sábado, 23 de março de 2013

"POLINIZAÇÃO DE ORQUÍDEAS"



“Polinização é o transporte de grãos de pólen de uma flor para outra, ou para o seu próprio estigma. É através deste processo que as flores se reproduzem. A transferência de pólen pode ocorrer de duas maneiras: através do auxílio de seres vivos (abelhas, borboletas, besouros, morcegos, aves, etc.) que transportam o pólen de uma flor para outra, ou por fatores ambientais (através do vento ou da água). Além destas duas maneiras, há também a autopolinização (...)[1]".

Fiz uma pesquisa bastante rápida, na internet, sobre a polinização das orquídeas. É uma pena muito grande não podermos dedicar (quase) todo o nosso tempo ao conhecimento e cultivo!

De acordo com o blog Orquidofilia & Orquidologia para se fazer a polinização – basicamente – deve-se “retirar das políneas de ambas as flores envolvidas, cada uma com uma extremidade diferente d’um palito de dente, para não haver contaminações por grãos de pólens de origem indesejável. O macete para efetuar a polinização de modo que haja bastante chance de fecundação na maioria das orquídeas é observar a coloração das flores: se já estão "maduras", pois é normal ocorrer que as flores abrem mais claras e vão ficando mais escuras com o tempo (...)[2]".

Conforme uma postagem no Orquidário Cuiabá, as espécies de Catasetum, que atraem com seu odor muitas espécies de abelhas nativas que são atraídas pela fragrância afrodisíaca de suas flores, estudos confirmam que essas abelhas, na sua maioria abelhas machos, procuram as flores dos Catasetum para delas extraírem uma espécie de óleo aromático que usam para atrair as abelhas fêmeas e assim efetuar o acasalamento e procriação. Muitas outras espécies de orquídeas usam dessa eficiente estratégia, como as espécies de Gongora, Stanhopea, Cirrahea e outras (...). A parte mais importante e mais complexa das flores das orquídeas é o labelo, ele assume os mais diferentes formatos para atender as necessidades e exigência do polinizador, na maioria das vezes ele serve como pista de pouso para os insetos, que são devidamente guiados por cores ou texturas pilosas ou mesmo escorregadias até onde se encontra o pólen e o estigma da flor (...)[3]. Portanto, esta postagem apresenta os insetos como os principais polinizadores de orquídeas.

Seguindo nossa breve busca adentramos ao blog PlantaSonya, nele há uma postagem que explica: “as orquídeas, sendo plantas tão econômicas, que vivem de recursos tão esparsos, desenvolveram técnicas de atração (...). As formas mais comuns são o mimetismo a alguma forma que interesse aos insetos, cores, perfumes ou cera. Adaptaram-se também em sua forma de modo a forçar os agentes polinizadores a carregarem o pólen ao visitarem as flores, porém de maneira tão completa que somente o agente polinizador correto ajusta-se ao mecanismo da flor, outros visitantes não carregam o pólen. Isto ocorre devido ao fato de todo o pólen estar condensado em somente um polinário e este ser removido completo de uma vez, ou seja, a chance de polinização da flor é única. Da mesma forma o labelo de suas flores apresenta grande variedade de estruturas que objetivam colocar o agente polinizador na posição correta para que as polínias aderidas a ele alojem-se na posição exata no estigma da flor[4].
E por fim, visitei o Orquidário Faísca. Seu portador apresentou aos leitores uma abelha (especificamente), a Tetragonisca angustula, que faz o trabalho de polinização das suas orquídeas. Ela é “sem ferrão, sociável e de mel muito saboroso, tento mantê-las perto do meu orquidário para que haja mútuo aproveitamento: a abelha produzindo mel e as orquídeas produzindo sementes (...)[5].


Observação endógena: para mim também os insetos fazem o trabalho de polinização das orquídeas. Para manter abelhas, besouros e borboletas (principalmente) e insetos próximos às orquídeas, eu conto a ajuda da minha mãe (que mantém um jardim quase permanentemente, ao redor da nossa casa); além disso, há próximo delas plantas silvestres que florescem em suas respectivas estações (o mato).
Abaixo separei umas fotos de flores que podem ser encontradas próximas às minhas orquídeas (dentre tantas outras), e abstraí por época de floração (obedecendo a um rigor estritamente empírico e optativo). Apesar de a estação (sui generis) para flores ser a Primavera, eu separei entre aquelas que ocasionam flores no inverno, no verão, ou nas duas estações! Tais flores atraem sucessivamente as borboletas e os insetos, num verdadeiro vai e vem pelos terraços; deste modo esses polinizadores quase sempre estão por perto das orquídeas!

"VERÃO":
As flores do Mandacarú sem espinho recebem abelhas Arapuá durante o início da manhã (antes de se fecharem) e insetos maiores as visitam pela noite.

Uma flor de Cacto e a borboleta Anartia amathea.
Borboleta; Palma; Beneditas.

Açucena. De acordo com o escritor Celso Alberto é "planta bulbosa brasileira que floresce na primavera, após um período de dormência. Também conhecida como 'Amarílis', possui aproximadamente 70 espécies, cuja maioria está ameaçada de extinção".

Outra espécie muito bonita de Açucena.
  "INVERNO":
Borboleta Danaus plexippus erippus nas flores d'um mato (amarelas).
Junto as pequenas flores brancas de mato, a lindíssima borboleta Philaethria dido.
A borboleta Heliconius erato visita a flor de Benedita.
Nativas das matas com pequenas flores brancas, em "espigas".

"Micro-trepadeira" de jardim.

Flor quase (toda) alba, d'uma espécie de Feijão de corda.

Duas flores de Caxi (Lagenaria sp).

Lindas essas robustas flores da Abóbora (hortaliça).

Flor do Quiabo (Abelmoschus esculentus).

O lindo Feijão-bravo (Centrocema brasilianum) se enlaça nas cercas de arame farpado!


Flor tropical.
Girassol e a mesma borboleta (antes num cacto).

Essas pequenas flores crescem nessas plantas (de beira de rio); há um pequeno brejo próximo da casa.

Flor de jardim.

Pequeninas flores de Carambola (Averrhoa carambola).

A (quase toda negra) borboleta Papilio anchisiades capys, sobre uma flor de Benedita.
Heliconius erato: imponente sobre as Beneditas.
Flores de cravo defunto e as borboletas da espécie Anartia Jatrophae.
Nestas flores, quem se alimenta é a (cheia de detalhes) borboleta Marpesia Petreus.
 "VERÃO E INVERNO":
Flor de jardim.

Flor de jardim.

Inúmeras Flores de mangueira (Mangifera indica L.).

Hibiscos Singelas – "05 pétalas sobrepostas, separadas (também chamado de moinho de vento)".

De acordo com o ImpreSessão.blogspot, a Boa Noite (ou Vinca), "é uma planta nativa de Madagascar que se adaptou extremamente bem ao Brasil pois é bem tolerante ao calor, seca, e alta umidade".


Conglomerado de Boa noite (Catharanthus roseus).

Malícia ou dormideira (Mimosa invisa Mar.).

quarta-feira, 13 de março de 2013

Umas ORQUÍDEAS e umas FORMIGAS

"As formigas podem ser benéficas, maléficas ou inertes às orquídeas. Algumas espécies de orquídeas se associam a formigas dando-lhes abrigo, em seus pseudobulbos ocos, em troca de proteção contra os predadores. Dois gêneros tropicais, Caularthron e Myrmecophila, têm entrada na base do pseudobulbo para prover moradia às formigas”.“As formigas com efeito maléfico são as açucareiras, que criam verdadeiras fazendas de cochonilhas e pulgões sugadores de seiva. Elas carregam e protegem estas pragas pois elas produzem um excremento adocicado, que é aproveitado pelas formigas. Portanto, quando observar formigas em orquídeas, deve-se procurar por estas pragas, nas folhas, brotos e raízes. Nestes casos, a eliminação das formigas, impede a propagação da praga de uma planta a outra, mas a praga também deverá ser combatida com inseticidas específicos. É sempre bom verificar o que elas estão aprontando (...)[1]”.

Observação endógena: no meu ‘orquidário’ há certamente dezenas de formigas e de várias características: desde as miudinhas até as maiores. Percebo que nenhuma delas afeta o desenvolvimento das orquídeas; há umas muito pequenas que passam o tempo todo ‘se alimentando’ sobre os novos brotos e as novas hastes florais. Na verdade, elas exploram toda a orquídea! Essas pequenas picam bastante. A formigas maiores usam alguns orquídeas para se refugiarem, bem como para caçar suas presas. 
2 formigas 'caçam' sobre os talos das flores desta Brassavola tuberculata - no alto de um pé de ficus.
Formiga de ocorrência pouco comum, sobre o labelo desta Blc. waikiki gold 'lea'.
Uma se aventura sobre um tapete colorido, ofertado pela Denphal ekapol.
Descendo sobre a haste - com flores femininas - deste macrocarpum.

Numa ponte entre a bela flor e a estrutura, nesta Brassavola tuberculata.

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